quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dilma critica os EUA e nega protecionismo brasileiro

Foto crédito Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, reagiu a acusação do governo dos Estados Unidos que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos seus produtos. A presidente ressaltou que todas as decisões, adotadas no Brasil, são respaldadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e negou irregularidades ou desvios de conduta.
“O protecionismo deve ser combatido, pois confere maior competitividade de maneira espúria”, disse a presidenta, “[Nossas medidas foram] injustamente classificadas como protecionismo.” Segundo Dilma, é fundamental que os órgãos internacionais, como o G20, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, passem a atuar no controle da guerra cambial e do estímulo do crescimento econômico.

Em referência às medidas de contenção adotadas por alguns países em busca de soluções para impedir o agravamento causado pela crise econômica internacional, Dilma disse: “A recessão só agudiza os acontecimentos. [É necessário] um amplo pacto contra a desesperança que provoca o desemprego e a falta de oportunidades”.

Disse ainda, que constata a permanência de muitos problemas que afligia a todos, cuja solução é cada vez mais urgente. “A crise econômica ganhou novos retornos, a opção por políticas ortodoxas agrava gerando reflexos em países emergentes”, afirmou ela. A presidenta disse que “as principais lideranças ainda não encontraram o caminho” para articular alternativas para a economia associadas à inclusão social e que essa ausência de alternativas “afeta as camadas mais vulneráveis da população” causando a fome, o desemprego e a desilusão.

“A história revela que a austeridade quando exagerada e isolada do crescimento derrota a si mesma. No Brasil aumentamos nossos investimentos em infraestrutura e combate à inflação, de inclusão social e combate à pobreza. Reduzimos a carga tributária e o custo da energia”, disse Dilma, informando que mais de 40 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza nos últimos anos.
redação RCT para Agência Comunidade

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