Foto crédito Roberto Stuckert Filho/PR |
Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da 67ª
Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, reagiu a acusação do governo
dos Estados Unidos que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir
mercado aos seus produtos. A presidente ressaltou que todas as decisões,
adotadas no Brasil, são respaldadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC)
e negou irregularidades ou desvios de conduta.
“O protecionismo deve ser combatido, pois confere
maior competitividade de maneira espúria”, disse a presidenta, “[Nossas medidas
foram] injustamente classificadas como protecionismo.” Segundo Dilma, é
fundamental que os órgãos internacionais, como o G20, o Banco Mundial e o Fundo
Monetário Internacional, passem a atuar no controle da guerra cambial e do
estímulo do crescimento econômico.
Em referência às medidas de contenção adotadas por
alguns países em busca de soluções para impedir o agravamento causado pela
crise econômica internacional, Dilma disse: “A recessão só agudiza os
acontecimentos. [É necessário] um amplo pacto contra a desesperança que provoca
o desemprego e a falta de oportunidades”.
Disse ainda, que constata a permanência de muitos
problemas que afligia a todos, cuja solução é cada vez mais urgente. “A crise
econômica ganhou novos retornos, a opção por políticas ortodoxas agrava gerando
reflexos em países emergentes”, afirmou ela. A presidenta disse que “as
principais lideranças ainda não encontraram o caminho” para articular
alternativas para a economia associadas à inclusão social e que essa ausência
de alternativas “afeta as camadas mais vulneráveis da população” causando a
fome, o desemprego e a desilusão.
“A história revela que a austeridade quando
exagerada e isolada do crescimento derrota a si mesma. No Brasil aumentamos
nossos investimentos em infraestrutura e combate à inflação, de inclusão social
e combate à pobreza. Reduzimos a carga tributária e o custo da energia”, disse
Dilma, informando que mais de 40 milhões de brasileiros foram retirados da
pobreza nos últimos anos.
redação RCT para Agência Comunidade
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