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As escolas de 1ª a 4ª séries mantidas pela Prefeitura de São Paulo atingiram 4,8 pontos, ficando abaixo da média nacional (5,0) no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Se as condições de ensino são desfavoráveis para quem já ingressou na rede educacional, certamente estão piores para quem ainda não conseguiu uma vaga. Esta é a avaliação da integrante do grupo de oposição na diretoria do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Laura Cymbalista.
“Tem duas pontas do atendimento que estão sendo excluídas da escola, inclusive pela política pública da Prefeitura: as crianças pequenas de zero a três anos e os jovens e adultos que não puderam estar na escola na idade adequada.”
Entre as crianças menores de três anos e onze meses, apenas 50% são atendidas atualmente na cidade. Ou seja, 145 mil ainda aguardam uma vaga na creche.
Na tentativa de reduzir o déficit a qualquer custo, a Prefeitura criou convênios com instituições privadas. Cymbalista ressalta que em algumas regiões da cidade, como Guaianazes, na Zona Leste, o número de creches conveniadas é cinco vezes maior que o da rede direta.
“As entidades conveniadas muitas vezes não têm profissionais qualificados. São profissionais que têm uma jornada super extensa, recebem muito mal, não têm estrutura. E as casas que abrigam as unidades não têm condições de receber as crianças”.
O sucessor do prefeito Gilberto Kassab (PSD) será escolhido em segundo turno, no dia 28. Recentemente, ele encaminhou à Câmara dos Vereadores o Plano Municipal de Educação, que prevê para 2020 o fim da fila nas creches. Enquanto isso, o Plano Nacional de Educação está parado no Congresso, devido à recusa do governo em investir 10% do PIB no setor.
fonte:Radioagência NP, Jorge Américo
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