Daniela não é a única mãe a criar um perfil nas redes sociais para a filha. De acordo com o levantamento norte-americano, cerca de 12 por cento delas criam contas para os filhos e que 66 por cento dos pais não impõem nenhum tipo de controle ou regras sobre o uso da internet. Além disso, o estudo revelou que 47 por cento dos responsáveis consideram bom ou ótimo o uso de dispositivos móveis para o desenvolvimento da criança. Ao contrário do que os pais acham, a psicóloga infantil e especialista em psicodiagnóstico, Ilda Fontes, afirma que a entrada das crianças no facebook cada vez mais cedo não é bom para a socialização dos pequenos.
Para a psicóloga: "Interfere no comportamento dela, desde o momento em que ela tem pouco tempo de interação com outras crianças. Vai dificultar na questão do relacionamento porque ela deixa de interagir para estar diante de um meio que é totalmente virtual e que ali ela pode manipular o que ela vai dizer, o que ela vai falar, as relações dela diante desse meio".
Segundo o pedagogo e professor da Universidade de Brasília, Lúcio Teles, o facebook traz muitos recursos que encantam as crianças, como: jogos, desenhos e o compartilhamento de imagens e vídeos com os amiguinhos. Ele entende que o aumento no número de crianças na rede social é um deslumbramento que a internet propõe a elas.
Lúcio Teles diz que "É um fascínio que a rede exerce sobre elas, tanto pelas notícias, fotos que eles intercambiam, mas também pelos jogos eletrônicos. O facebook está cheio, hoje, de jogos eletrônicos. Então existe um fascínio que está substituindo o que era o fascínio que se tinha pela TV".
O tempo médio gasto pelas crianças também é algo preocupante, segundo a pesquisa da empresa AVG Technologies. O estudo mostrou também que 40 por cento dos pequenos passam de duas a cinco horas conectadas à internet. E que apenas 17 por cento passam menos de duas horas.
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