segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Luta de classes - Magistério em Santa Catarina : o que diz o Governo estadual e o que diz o Sindicato da Classe



Governo Estadual,

Professores receberão reajuste do piso na folha de janeiro

Os professores da rede estadual receberão o reajuste do piso na folha de janeiro. A medida beneficia cerca de 20 mil profissionais contratados pelo governo do Estado e foi anunciada na semana passada, após audiência do secretário da Educação, Eduardo Deschamps, com o governador Raimundo Colombo, em Florianópolis. 
O reajuste do piso em 8,32%, passando de R$ 1.567 para R$ 1.697, foi divulgado pelo Ministério da Educação em dezembro. O secretário Deschamps explica que a medida beneficia todos que até então recebiam salários abaixo do novo valor de R$ 1.697.
“Foi rodada a folha de pagamento deste mês de janeiro, que será paga entre o final de janeiro e o início de fevereiro, e nessa folha já estará incluída automaticamente a atualização do piso. Essa medida impacta em torno de 20 mil professores, sendo 13 mil professores efetivos e inativos e mais os professores ACTs (contratados em caráter temporário) previstos para serem chamados neste ano”, afirma o secretário.
Deschamps lembra que esse novo valor tem reflexo também sobre os percentuais de regência de classe e sobre o vale-alimentação. “Isso significa que a remuneração total de um professor das séries iniciais, que ainda esteja em início de carreira, será superior ao valor de R$ 2.800 com a sua regência de classe”, acrescenta.
O secretário lembra que o governador Raimundo Colombo pretende encaminhar para a Assembleia Legislativa em fevereiro o projeto para o reajuste deste ano para professores que ganham acima do piso. Entre professores ativos, inativos e ACTs, o governo do Estado emprega cerca de 60 mil profissionais.
Fonte: Assessoria de Comunicação

e já por outro lado,  
o Sinte/ SC

PISO NACIONAL: A VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO SÓ VIRÁ COM LUTA
A exemplo do ano passado, mais uma vez o Piso Nacional do Magistério foi rebaixado. A previsão era de que o reajuste atingisse até 19%, entretanto o percentual anunciado é de apenas 8,32%, elevando o valor básico do piso de R$1567,00 para R$ 1.697,39, por uma jornada de 40 horas.

O MEC mais uma vez cedeu a pressão dos governadores e prefeitos e não honrou o índice de reajuste a ser aplicado no Piso para 2014. Ao maquiar o percentual fazendo com que o reajuste ficasse bem abaixo do esperado o governo federal deixa claro que a valorização dos profissionais da educação mais uma vez foi ignorada.

Não esqueçamos que foram aprovados 10% do PIB e os Royalties do Pré Sal para a educação e mesmo que estes valores sejam aplicados a curto, médio e longo prazo configuram-se em um aporte considerável de recursos, que sequer são mencionados pelos entes federados nas projeções futuras de melhoria salarial para a categoria. Ao contrário, o que temos visto é a busca incessante do desmonte da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) por parte dos governadores e prefeitos, na figura de seus Secretários de Educação, como é o caso de Santa Catarina. Vale lembrar que a luta pela aprovação da Lei do Piso levou mais de vinte anos e como podemos ver a batalha ainda não está ganha.

Aqui como na maioria dos estados e municípios do país o reajuste é pago apenas aos que recebem abaixo do valor do piso, ou seja, apenas os trabalhadores em início de carreira recebem o aumento, desta forma a tabela salarial fica mais e mais compactada aproximando os/as profissionais com mais de dez anos de carreira com pós-graduação mestrado e até doutorado dos profissionais iniciantes.

Até o momento não ocorreu a valorização qualitativa dos vencimentos dos profissionais de carreira de Santa Catarina tão falada pelo Governador Raimundo Colombo. O Sindicato tem posição e já iniciou as negociações com o Governo do Estado e tem reunião marcada com o Secretário da Educação Eduardo Deschamps na próxima quarta-feira, dia 29/01.

A pauta defendida pelo SINTE/SC é o reajuste de salário com descompactação da tabela a ser aplicado para toda a categoria em 2014, uma questão vem sendo empurrada com a barriga pelo Governo desde 2011. Segundo o Coordenador Estadual Luiz Carlos Vieira o SINTE quer saber de quanto será este reajuste, para quem será pago e quando deverá ser implantando na folha do magistério Catarinense.

Viera afirma que a categoria já está mobilizada, com calendário de lutas estaduais tirados do X Congresso do SINTE e nacionais definidas no 32ºCongresso da CNTE e que não vai abrir mão dos seus direitos, principalmente com relação ao pagamento do Piso na carreira e a sua descompactação.
fonte:Assessoria de Comunicação do Sinte/SC
fonte:imagens ilustrativas - reprodução internet

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