O objetivo principal da frente parlamentar, criada pelo Parlamento em 2013, é o mesmo
da campanha da ONU: envolver os homens, desde a infância, no combate à desigualdade
A Assembleia Legislativa relançou, na noite desta quarta-feira (26), a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O evento, realizado no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, também marcou o lançamento, em Santa Catarina, da campanha #ElesporElas (#HeForShe), promovida pela ONU Mulheres em todo mundo.
O objetivo principal da frente parlamentar, criada pelo Parlamento em 2013, é o mesmo da campanha da ONU: envolver os homens, desde a infância, no combate à desigualdade, à discriminação e principalmente à violência contra a mulher. "A prevenção é fundamental nesse processo e por isso precisamos discutir essa questão nas escolas, ensinar os meninos que não se bate em mulher", afirmou a assessora da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, Eliana Graça, que participou do ato.
A educação também é considerada um fator essencial para o fim da violência contra a mulher, na visão da representante da consultora-sênior ONU Mulheres Brasil, Júnia Puglia. Ela apresentou a campanha #ElesporElas, idealizada pela Secretaria-Geral da ONU, e que já conta com a adesão de várias personalidades e autoridades no Brasil e no mundo. "Só a educação é capaz de promover uma mudança cultural, e sem essa mudança nunca poderemos eliminar a violência", disse.
A presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Santa Catarina (Cedim-SC), Sheila Sabag, destacou a necessidade de políticas públicas para o enfrentamento da violência e da desigualdade contra a mulher. No entanto, para que esse trabalho seja eficiente, ela afirma que o poder público deve destinar recursos e ouvir a população na elaboração das políticas públicas.
Mobilização
O presidente da frente parlamentar, deputado Padre Pedro Baldissera (PT), lembrou que Santa Catarina está entre os estados com os maiores índices de violência contra a mulher. "É algo que envergonha a nós, homens, e a toda sociedade catarinense", afirmou. "Nós, homens, temos a responsabilidade de enfrentar essa situação, não podemos nos omitir à violência, à discriminação contra a mulher."
Um grupo de trabalho, criado em conjunto com a frente, vai mobilizar os municípios catarinenses, em especial as câmaras de vereadores, a criarem suas frentes de combate à violência contra a mulher. "Vamos multiplicar esse debate, percorrendo o interior do estado, e mudar essa triste realidade", disse Padre Pedro.
A iniciativa contará com apoio do governo estadual, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher (CEM). "Queremos ser parceiros nesse trabalho nos municípios. É os municípios que as coisas acontecem e é lá que temos que estar presentes para levar essa discussão", afirmou a coordenadora Célia Fernandes.
Um computador ficou à disposição para que os homens que participaram do ato aderissem à campanha #ElesporElas. Mais informações podem ser obtidas no site da campanha e na página da ONU Mulheres Brasil.
Também participaram do ato lideranças dos setores empresariais e de movimentos sociais, além do secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), Arnaldo Zimmermann, e os vereadores Lino Peres (Florianópolis) e Ricardo Pelegrinello (Caçador).
Assessoria de Comunicação
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