quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Alto custo do milho leva governo de SC a pedir ajuda em Brasília


imagem ilustrativa/google
O governo do estado decidiu bater na porta do Ministério da Agricultura (MA) para reivindicar que a União subsidie o transporte do milho estocado pela Conab na região Centro Oeste para abastecer a agroindústria catarinense, que hoje tem dificuldade para comprar o produto no mercado por causa dos preços altos. Pela proposta que será enviada a Brasília, o governo federal bancaria parte do custo do frete e os pequenos produtores de frango e suínos se organizariam em consórcios e transportariam o milho até a região Oeste do estado.
Segundo o secretário da Agricultura, João Rodrigues, a ideia é reduzir de R$ 14,00 para R$ 6,00 o custo do frete da saca de 60 quilos. Para as médias e grandes agroindústrias, o governo do estado sugere que o Ministério da Agricultura aumente o acesso aos estoques da Conab, de mil toneladas para 4 mil toneladas de milho por agroindústria.
Para o secretário, se o governo federal atender os pleitos catarinenses, 50% do problema que assola a avicultura e a suinocultura estará resolvido. Rodrigues acredita que a entrada no estado do milho estocado pela Conab reduzirá a procura pelo insumo no mercado formal, forçando para baixo os preços das rações comercializadas em Santa Catarina.
Crise x oportunidade
João Rodrigues se mostrou otimista com a crise do milho, causada principalmente pela seca nos EUA, que levou os americanos a buscarem no Brasil os grãos que deixaram de ser produzidos lá. De acordo com o secretário, os importadores americanos estão comprando no Brasil milho a R$ 30,00, que, somados ao custo do transporte, tornariam a produção de suínos e de aves nos EUA menos competitiva que a brasileira.
“Se resolvermos esse problema do frete, as carnes de frango e de porco produzidas em Santa Catarina terão um custo de produção menor que o dos EUA”, declarou João Rodrigues. Caso contrário, ponderou o secretário, “se o problema do frete não for resolvido de imediato, muitas plantas fecharão as portas, gerando desemprego e perda de renda, principalmente na região Oeste”.
Lei mal estudada
O secretário da Agricultura criticou a nova legislação que regula o transporte de cargas e que está causando aumento do custo dos transportadores e, consequentemente, do frete. “É uma lei mal estudada, que está atrapalhando a economia do estado”, declarou. (Vitor Santos)
fonte:Alesc

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