imagem/PJMP/PJR-São Miguel do Oeste
SÃO MIGUEL DO OESTE/SC - Policiais são acusados de agressão contra jovens: Adolescente relata que foi agredido com um soco na boca e teve fraturas no joelho após cair no chão.
Um Boletim de Ocorrência (BO) registrado na Delegacia da Polícia Civil, acusa policiais militares de agressão contra um grupo de jovens que, segundo o BO, voltava para casa na noite do último domingo, quando foram abordados e agredidos nas proximidades das comunidades Vila Nova I e Vila Nova II por dois PMs. Os adolescentes que têm idade entre 16 e 20 anos retornavam de uma formação realizada pela Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural no Salão Paroquial da Igreja Matriz São Miguel Arcanjo.
A família de um dos jovens, que prefere não ter o nome identificado, relatou à reportagem do Gazeta Catarinense que está indignada com a violência praticada pelos dois policiais. “Nossos filhos estavam voltando para casa para descansar depois de dois dias de estudo. Não entendemos o porquê da violência praticada por essas pessoas. Agora, o nosso sentimento é de medo de deixá-los sair até mesmo para ir para a escola”, desabafa a mãe de um dos garotos, o qual afirma que teve uma arma apontada na cabeça pelo agente da Polícia Militar.
Conforme o relato do jovem, que também prefere não se identificar, os policiais abordaram ele e os amigos próximo à rodoviária da cidade, momento em que, segundo ele, todos foram vistoriados pelos agentes. Minutos depois, o adolescente conta que os policiais passaram novamente por eles com a viatura e quando os jovens estavam descendo pela rua Florianópolis próximo às comunidades Vila Nova I e II, a agressão aconteceu. “O policial desceu da viatura e me deu um soco na boca, eu cai no chão e ele mandou meus amigos irem embora. O policial apontou a arma na cabeça de um dos meus amigos. Ele disse que me levaria até o Rio das Antas para me matar”, declara o jovem.
O major da Polícia Militar Marcelo de Wallau declarou que a PM vai apurar o caso e que o Batalhão deve abrir um Inquérito Policial Militar (IPM) para averiguar a veracidade das denúncias feitas. “É orientação do comando da PM que se não for comprovado nada contra os policiais, que eles busquem também os seus direitos contra quem os acusou”, finaliza o major.
Carta de repúdio à ação policial
As Juventudes da PJR (Pastoral da Juventude Rural) e PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular) repudiam a ação da Polícia Militar ocorrida na noite de domingo dia 28/07/2013. Alguns jovens voltavam para casa após dois dias de estudos realizados no salão paroquial da Igreja Católica, quando foram abordados e agredidos fisicamente e moralmente por dois policiais militares nas proximidades das comunidades Vila Nova I e Vila Nova II. A atuação dos militares se baseia em ideais que violam os direitos humanos, bem como expressam preconceitos com a juventude da periferia.
Frisa-se que os jovens são filhos, estudantes e trabalhadores exemplares e pacíficos, que voltavam para suas casas após passarem um final de semana estudando, sendo abordados e agredidos simplesmente em razão da sua condição social.
Nós do coletivo de Juventudes do campo e cidade estamos abalados pelo tratamento violento recebido por parte de alguns policiais militares, que perseguem e maltratam a juventude empobrecida! Nossos gritos, nossa revolta, nosso suor do dia a dia, nossa indignação com aqueles que deveriam nos proteger, e ao invés disso, nos marginalizam!!!
Coordenação da PJMP e PJR de São Miguel do Oeste!
fonte/envio Matéria: PJMP e PJR
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