foto:Carlos Kilian |
Dezoito eleitores atenderam o
convite do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e participaram da eleição simulada
com urnas biométricas em São João Batista realizada dia 11. De acordo com
Rosiane de Souza, chefe do Cartório da 53ª Zona Eleitoral, os 1.516 eleitores
das sessões localizadas na escola Catarina Deschamps Steffen, no bairro Cardoso,
foram convidados através do rádio e carro de som. “Os eleitores estão
acostumados, será a terceira eleição biométrica no município”, justificou.
Para a representante do TRE, o teste serviu para verificar o sistema e
iniciar o treinamento dos mesários, que orientam o cidadão a utilizar a digital
para identificar-se. A arquiteta Denise Costa, que atuou como mesária em 2010 e
que em outubro será presidente de mesa, afirmou que é comum a identificação
apresentar problemas. Para Denise, o fato do município possuir muitos
trabalhadores em atividades manuais, cria dificuldade para o leitor ótico
reconhecer a digital. Com efeito, dos dezoito votantes, a identificação falhou
em três.
São feitas 12 tentativas, três em cada dedo (polegares e
indicadores). Se o sistema não reconhecer o eleitor, então o presidente da mesa
ou um mesário utiliza a sua digital para liberar a urna. Com este método,
encerrada a votação, caso a urna seja auditada, é possível checar qual
mesário/presidente liberou o acesso. “O objetivo é garantir lisura ao processo”,
afirmou Rosiane.
A opinião dos eleitores
Manoel Vargas, aposentado,
não teve problemas na identificação. “Leu tranquilo”, afirmou. Paulo Roberto
Duarte Júnior (18), estudante, votou pela primeira vez e também foi identificado
na primeira tentativa. “Vim porque fui convocado”, revelou. Roseli Soares, dona
de casa, precisou de três tentativas para a máquina “ler” sua digital. “Na outra
eleição foi mais fácil”, declarou.
Já Adelar Bauer Marian, aposentado, não
logrou êxito em ser reconhecido, apesar da paciência do presidente da mesa,
Leonardo Mazera. Depois de tentar 12 vezes, Leonardo liberou a urna e Adelar
pode enfim votar.
Para Maria Vanderli Vargas Teixeira, aposentada, o sistema
facilita a ação de votar. Arabela Maia, dona de casa, trouxe o filho Deivid de
dez anos para conhecer a urna e ver a mãe votar. “Hoje é um teste, ele pode
ver”, autorizou o mesário.
Pioneiro em SC
São João Batista possui
18.110 eleitores e continuará sendo o único município do estado a utilizar a
identificação digital em outubro. Em 2008 e 2010 as eleições também foram
realizadas com urnas biométricas, aquelas em que o cidadão se apresenta à sessão
eleitoral sem documentos, diz o nome e, se estiver na lista, com o polegar ou o
indicador, através da identificação digital, acessa a urna e o voto.
Recomendação do TRE
O servidor do Tribunal Regional Eleitoral,
Ailton João Pereira, observou que apesar do sistema reconhecer através da
digital, o cidadão deve se dirigir ao local de votação com o título de eleitor
no bolso. “O bom senso diz que deve trazer o título para saber a sessão
eleitoral em que votará”.
Se o eleitor esquecer o número da sessão e não
tiver o título à mão, terá de verificar junto ao Cartório Eleitoral qual a
sessão em que vota. “Terá mais trabalho”, resumiu Ailton. (Vitor Santos)
fonte:Alesc
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