A violência contra a mulher e o trabalho feminino na produção de alimentos são os dois temas de destaque no 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Cerca de três mil camponesas participam em Brasília (DF) dos quatro dias de atividades, que iniciaram na última segunda-feira (18) e vão até a próxima quinta (21).
Na análise do combate à violência contra a mulher, a dirigente nacional do MMC, Justina Cima, destaca que é preciso identificar de onde vem essa violência. Ela relaciona esses crimes ao sistema capitalista, que oprime e coloca as mulheres como inferiores aos homens.
“Nós propomos, no sentido de fazer enfrentamento, que a gente trabalhe a questão da autonomia econômica, política e social das mulheres. E que as mulheres precisam ter espaço de formação, organização e mobilização no sentido de fortalecer de forma conjunta e coletiva essa luta.”
Entre os assuntos debatidos ainda está a reivindicação dos seis meses de salário maternidade às trabalhadoras rurais e a defesa da produção de alimentos baseada na agroecologia.
“Nós trazemos também e vamos fazer a reflexão sobre o projeto de agricultura que nós queremos. Nós viemos fazer o debate da importância de retomar e fortalecer o projeto de agricultura camponesa, agroecológico, a produção diversificada de alimentos saudáveis.”
O encontro conta com a participação de movimentos sociais, entidades, federações, associações, ONG’s, além de lideranças políticas. Também estão presentes organizações de mulheres da América Latina, África e Europa.
Ontem (19) estava previsto um ato das mulheres camponesas com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
fonteRadioagência NP, Daniele Silveira.
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