quarta-feira, 27 de março de 2013

Padre Pedro destaca recursos para cooperativas da reforma agrária

imagem extraída:google iranpalhoca

As tratativas entre BNDES e Governo do Estado, para o financiamento de um projeto das cooperativas regionais dos assentamentos de Santa Catarina, podem ser concluídas nos próximos dias. A informação foi destacada pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT), nesta terça-feira (26), no plenário da Assembleia Legislativa.
                O projeto, que soma R$ 57,9 milhões, prevê ampliação e readequação das cadeias produtivas do leite, frango caipira, suínos e peixes nos assentamentos de Santa Catarina.  São 15 empreendimentos contemplados, o que na avaliação de Padre Pedro alcança grande parte dos agricultores familiares assentados e garante a melhoria das condições sociais e econômicas no campo. “É uma luta histórica construída com muito debate dentro dos assentamentos. E é o reconhecimento a um modelo de agricultura que envolve não só desenvolvimento das comunidades, mas inclusão social e respeito a quem consome os produtos”, afirmou o parlamentar.
                A proposta amplia a agregação de valor aos produtos, já que fecha o ciclo produtivo dentro dos assentamentos. “Eles vão qualificar ainda mais o processo, desde a produção até a embalagem e a comercialização”, complementou.  Hoje o Estado tem mais de 6 mil famílias assentadas.
Proposta
                Uma comissão de técnicos do Governo do Estado, das cooperativas, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Incra analisa o projeto, para dar a garantia da contrapartida necessária do Governo do Estado. Os recursos do BNDES (cerca de R$ 30 milhões), não reembolsáveis, serão complementados por cerca de R$ 27,9 milhões por parte do Estado. O modelo já existe em outros estados, com resultados positivos para agricultores e para os centros urbanos, que têm maior acesso a produtos da agricultura familiar.
                Uma parcela do valor do financiamento será devolvida ao Estado. Segundo Padre Pedro, uma das propostas que já está sendo analisada é que a devolução destes valores seja feita em forma de produtos da agricultura, que seriam destinados à alimentação escolar no Estado. “É um divisor de águas para a produção nas cooperativas. São recursos que beneficiam milhares de famílias e valorizam quem coloca alimento na mesa da população catarinense. Se for confirmada esta negociação para inclusão de produtos, quem ganha também são os estudantes da rede pública, com produtos de qualidade na merenda”, disse Padre Pedro. 
fonte:Cássio Turra

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