As Organizações Globo publicaram um editorial no principal jornal do grupo (O Globo), onde reconhecem que foi um erro ter apoiado o Golpe Militar de 1964. Visto como um sinal de recuo, o texto foi publicado no último sábado (31), após o segundo Ato Contra o Monopólio da Mídia e pela democratização dos meios de comunicação.
Na noite desta sexta-feira (31), cerca de 600 pessoas protestaram em frente ao prédio da Rede Globo, no bairro do Brooklin, em São Paulo. O ato político se repetiu em outras capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belém e Curitiba.
Para Tiago Pará, integrante do Coletivo Levante Popular, o recuo da Rede Globo após a pressão das ruas foi estratégico, pois o conglomerado de comunicação está acuado.
“O editorial que eles reproduziram em que eles apoiaram o golpe militar, para nós não foi simplesmente um ato de autocrítica que eles fizeram. É muito mais forçado pela correlação de forças e por uma situação que eles se encontram hoje de recuo. A sociedade toda hoje vai para as ruas e grita. A verdade é dura a Rede Globo apoiou a ditadura”.
A segunda manifestação de protesto na Rede Globo e em afiliadas da emissora aconteceu simultaneamente em várias cidades brasileiras e foi organizada por diversas entidades e movimentos sociais. Pará defende o indiciamento da emissora na Comissão da Verdade.
“Inclusive um dos próximos passos é a gente tentar com que a Comissão Nacional da Verdade consiga indiciar a Rede Globo nesse apoio explicito que essa emissora deu ao golpe militar”.
Em São Paulo, os manifestantes voltaram a rebatizar a placa da ponte Octávio Frias de Oliveira com o nome do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura, e atiraram esterco num letreiro da emissora.
fonte: Radioagência NP
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