O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) afirmou, nesta quarta-feira (1), no plenário da Assembleia Legislativa, que a chamada “Encíclica Verde”, escrita pelo Papa Francisco e lançada em 18 de junho, deveria ser “texto de cabeceira da classe política”. O texto de 200 páginas é inédito, já que pela primeira vez um papa aborda a questão ambiental em uma encíclica. Além disso, o texto vai além e trata de aspectos sociais, tecnológicos e de relações econômicas, sempre envolvendo o tema do meio ambiente.
“O Papa Francisco aponta para um aspecto fundamental: a pobreza e a degradação ambiental andam juntas, já que a exploração dos recursos naturais afeta a todos, no entanto, atinge de forma mais dura aqueles que não têm recursos”, disse Padre Pedro . O parlamentar lembrou que o texto ainda condena a proposta de internacionalização da Amazônica, que “apenas serviria aos interesses das multinacionais" e critica a privatização de serviços essenciais na área ambiental, afirmando que “é previsível que o controle da água por parte de grandes empresas mundiais se converta em uma das principais fontes de conflitos deste século".
Padre Pedro lembrou que existe um claro desequilíbrio nas relações de consumo, quadro também apontado pelo Papa Francisco. O parlamentar citou frase da encíclica em que Francisco destaca que "é gravíssima iniquidade obter importantes benefícios fazendo pagar o resto da humanidade, presente e futura, os altíssimos custos da degradação ambiental".
“Uma das questões fundamentais é que convoca as pessoas a realizar mudanças em seus estilos de vida, desde a produção e o consumo. E convoca a classe política a agir de forma objetiva, através de políticas públicas, para corrigir estes desvios”, observou, lembrando que o texto da Encíclica é uma análise fundamental à classe política, pelos mecanismos que detém para mudar regras básicas envolvendo a questão ambiental e todos os aspectos sociais que a cercam.
Assessoria de Imprensa
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