Após a aplicação de veneno para ratos, feita na escola no dia 04 de setembro, ao retornarem a escola, depois o feriado do dia 07, estudantes e professores que participaram das aulas do dia 08 sentiram o efeito do veneno, já que o cheiro do material químico ainda estava fortemente presente no ar. Por sorte, se é que se pode dizer isso, apenas duas turmas estavam em sala, em reposição por conta da greve.
A professora da escola Vanessa Fernandes, também integrante do SINTE Regional Florianópolis, relatou que ao chegar em casa sentiu fortes dores abdominais, dificuldade de respirar, náuseas, dor de cabeça e precisou de medicamentos para amenizar os sintomas.
Na quarta, dia 09, ao retornar ao trabalho mesmo com dor, com intenção de procurar um médico na mesma tarde, a professora se deparou com um quadro assustador em sua escola, outros/as trabalhadores/as e estudantes relatando os mesmos sintomas e outros ainda mais graves como formigamentos da boca e língua e feridas na pele. Alguns alunos/as passaram mal nas salas de aula com náuseas.
Diante de tantos casos, foi acionado o Centro Toxicológico da UFSC que confirmou a intoxicação por veneno de rato, desde então a escola esta fechada e deverá abrir apenas na quarta-feira dia 16.
A professora ressalta a negligência por parte do Governo do Estado que é responsável pela integridade física de trabalhadores/as e estudantes, ao expor quase 700 pessoas a um grande risco.
Sendo assim, o SINTE Regional fará a denúncia ao Ministério Público e Promotoria da Infância, pois se trata de um caso muito grave e deve ser apurado. Após a divulgação nas redes sociais outros/as trabalhadores/as e estudantes relataram os mesmos sintomas após o uso do mesmo veneno em suas escolas, como na EEB Presidente Roosevelt. Por isso, o que se deve fazer é pesquisar quais empresas estão realizando este serviço, quais escolas serão desratizadas, bem como, as datas, para que ninguém mais corra o risco de ser intoxicado.
Já é de conhecimento público a situação precarizada de muitas escolas estaduais em SC, não apenas com relação à estrutura física, mas também de proliferação de ratos ou insetos, visto as construções antigas e sem reformas, ou a demora nas dedetizações ou desratizações, quanto mais infestação, maior a quantidade de veneno será utilizado, desta forma, expondo ainda mais o ser humano a elementos altamente tóxicos.
O SINTE/SC já vem denunciando o descaso do Governo do Estado com as escolas há muito tempo, inclusive sabemos que muitas funcionam sem os laudos da vigilância sanitária ou Corpo de Bombeiros, esta é mais uma prova de que falamos a verdade e que diariamente trabalhadores/as e estudantes correm risco.
ENVIO: Assessora de Imprensa SINTE/SC
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