A audiência pública sobre o projeto da Ferrovia Litorânea, realizada nesta quinta-feira, 17, pela Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa junto com a Frente Parlamentar Catarinense das Ferrovias, trouxe avanços quanto ao impasse envolvendo a reserva indígena Morro dos Cavalos e a travessia urbana de alguns municípios previstos no projeto. O debate proposto pelo presidente da Frente Parlamentar, deputado Dirceu Dresch (PT), e pelo deputado Vicente Caropreso (PSDB)
O diretor de Infraestrutura Urbana do Dnit, Mário Dirani, informou que um entendimento com a Funai foi estabelecido, prevalecendo a idéia original de menor impacto financeiro e ambiental, que é a construção de um túnel sob o Morro dos Cavalos. A medida vai exigir que o projeto da obra englobe o Estudo do Componente Indígena, uma exigência feita pela Funai. O Dnit acredita que isso pode ser feito ainda este ano.
Outro ponto de preocupação é a passagem da ferrovia em áreas urbanizadas de alguns municípios. Na audiência, o Dnit garantiu que vai ouvir os prefeitos e alterações no trajeto poderão ser realizadas.
A obra da ferrovia litorânea está orçada em R$ 4 bilhões e é considerada importante para a integração da logística de transporte catarinense e para desafogar e evitar o colapso da BR-101, que até 2030 deverá ter o volume de carga escoada duplicado, chegando a 130 milhões de toneladas. "A ferrovia é essencial e não pode mais esperar. É uma obra viável, que se pagará em 12 anos, e por isso há interesse da iniciativa privada, mas para isso é preciso ter o projeto pronto. A frente parlamentar vai acompanhar todos os passos que foram definidos para garantir agilidade nos trâmites e impedir que os R$ 15 milhões já gastos no projeto sejam perdidos", afirmou Dresch.
Assessoria de Imprensa
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