terça-feira, 15 de setembro de 2015

Romaria do Centenário do Contestado reúne aproximadamente 10 mil pessoas



A manhã gelada deste domingo, 13, não foi empecilho para que aproximadamente 10 mil romeiros reuniram-se para fazer memória da guerra que matou milhares de caboclos, destruiu os lares, as terras e roubou a esperança dos que aqui viviam, e hoje, 100 anos depois, ainda sofrem as consequências. Irmãos e irmãs que não se conheciam se encontraram para caminhar juntos, partilhar a fé, sonhos e alimentos, acreditando num mundo de justiça e igualdade, sonhado por seus antepassados que na terra de Timbó Grande, derramaram seu sangue para fazer germinar a certeza desse outro mundo possível. 

O bispo da Diocese de Caçador, Dom Frei Severino Clasen, durante a romaria, destacou que "é preciso dedicação nas pastorais, movimentos eclesiais e sociais; e também, olhar juntos, com fé e esperança, para o povo que sofre, construindo assim um mundo melhor e mais justo." 

Dom João Salm, presidente do Regional Sul 4 da CNBB e Bispo da Diocese de Tubarão, salientou que este "é um momento em que tomamos consciência de uma verdade histórica, pois as lutas fazem parte da história da humanidade; lutas por oportunidades, por aquilo que não concordamos e que não está de acordo com o evangelho. É uma forma de proclamar em voz alta que não nos conformamos com aquilo que não nos dignifica".

A Romaria do Centenário do Contestado foi um momento de reflexão sobre as dores e sofrimentos vivenciados pelos caboclos, contando com a presença de diversas pessoas dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, entre outras regiões do Brasil. Ao decorrer do dia realizaram-se celebrações, apresentações, bênçãos, partilhas, finalizando com a Santa Missa, dentro da mistica do contestado. 


Comunicação - Mitra Diocesana de Caçador
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