O SINTE/SC participou na quarta-feira, 23/09, de mais uma reunião da mesa de negociação, onde reafirmou os principais pontos já reivindicados durante a greve e aprovados em assembleia estadual e apresentados ao governo do estado, como: Reajuste do valor do piso para o ano de 2015 (13%), para os 35 mil trabalhadores ativos e aposentados que não receberam reajuste este ano; Não incorporação da gratificação de regência de classe; Implementação da tabela salarial construída nas mesas de negociação que garante um índice de dispersão horizontal de 50% no mesmo nível, sendo 3,83% entre cada referência; Entre os níveis, 50% de diferença entre os profissionais com formação de ensino médio e graduação, 65% entre o ensino médio e especialização, 85% entre o ensino médio e mestrado e 100% entre o ensino médio e doutorado.
Também foi reafirmado a não concordância com a forma de enquadramento apresentada, propondo que seja feito do final para o início da tabela, ou seja, os que estão na última letra da atual tabela sejam enquadrados na última da nova tabela.
Em relação aos prazos, foi reafirmada a posição de não abrir mão que os reajustes sejam efetuados sempre nos meses de janeiro de 2016 e 2017, sendo o mês de janeiro de 2018 o prazo final para a implementação da nova tabela. Lembrando que de acordo com a atual proposta do governo, a primeira parcela da descompactação somente será concedida no mês de maio de 2016.
O SINTE/SC não aceita esta a proposta apresentada pelo governo com relação aos valores e prazos, visto que não repõe nem a inflação do período, sem contar que estamos com a tabela achatada e com prejuízos, principalmente os trabalhadores com maior tempo de serviço e formação.
A justificativa dos representantes do governo na mesa de negociação é que os recursos que o estado dispõe não permitem a apresentação de uma proposta melhor, que está em crise, passa por dificuldades financeiras e para concretizar esta proposta será necessário tomar outras medidas como fechamento de escolas, redução de turmas e professores ACTS.
Mais uma vez o governo impõe aos trabalhadores a responsabilidade por pagar a conta, à custa da redução de direitos e prejudicando a qualidade da educação, os estudantes e a sociedade.
Há uma flagrante incoerência entre o que o governo fala na mídia e o que é apresentado nas mesas de negociação. Enquanto diz para a sociedade que SC é um dos melhores estados para se viver, sua economia não sentiu os efeitos da crise e terá crescimento do PIB em 2015, nas negociações afirma que o estado não tem condições de garantir a descompactação com prazos menores e valores maiores que os apresentados.
Diante disso, foi reafirmado que o estado não está em crise e não tem a educação como prioridade e falta vontade política para isso, optando por priorizar o estimulo fiscal em favor de grandes empresas e a não aplicação correta dos recursos destinados à educação, como tem apontado, por décadas, o Tribunal de Contas do Estado.
O governo do estado, mais uma vez, dá o calote nos trabalhadores em educação, não pagando o piso na carreira para todos e não fazendo a descompactação da tabela salarial. Ao final da reunião, comunicou que num prazo de 15 dias encaminhará ao sindicato a minuta do projeto de lei que será enviado à ALESC posteriormente.
SERÁ ESTE “PRESENTE” QUE IREMOS RECEBER NO DIA DO PROFESSOR? #LEVEIZERODOCOLOMBO!
Também foi tratado sobre a Progressão, com a cobrança quanto a regularização do pagamento das progressões no mês de outubro, conforme acordado na mesa de negociação, e foi confirmado pelo representante do governo que o pagamento será feito no próximo mês, com valores retroativos à data em que o servidor deveria ter recebido e não foi pago.
Por:Graciela Caino Fell/Sinte
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