quarta-feira, 6 de março de 2013

Camponesas iniciam jornada de lutas pelo Dia Internacional da Mulher


As ações da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina já começaram pelo país. As atividades marcam a semana do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O tema deste ano é “Mulheres contra o capital e pela soberania dos povos”, como explica a integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Rosana Fernandes.
“Nós queremos enfatizar, principalmente, a nossa discussão de um projeto de agricultura camponesa, baseado na produção de alimentos saudáveis, contra o uso de agrotóxicos, tendo como matriz a agroecologia. Isso contrapõe o modelo do agronegócio.”
Rosana aponta que outro tema da Jornada é a violência contra as mulheres, seja ela física, psicológica ou do sistema capitalista, com foco nas camponesas.
“Nós queremos dizer que somos contra essa violência e queremos mudar essa forma como as mulheres vêm sendo tratadas e vistas na nossa sociedade brasileira.”
Um acampamento em Brasília (DF) iniciou nesta terça-feira (5) e pretende reunir 2 mil mulheres. Ele fica ao lado do prédio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A pauta é pressionar o governo para que realize a reforma agrária e assente as 90 mil famílias acampadas do MST pelo país.
Em Belém (PA), começou na mesma data o 2º Encontro das Mulheres do Campo e da Cidade, que reúne cerca de 300 militantes até o dia 8 de março, quando haverá um ato público.
E na Bahia, foram feitas quatro ocupações por mais de 2 mil mulheres da Via Campesina. Uma é a área da Veracel Celulose, no município de Itabela; outras duas da Suzano celulose, em Teixeira de Freitas – estas na segunda-feira (4) –; e a Fazenda Cultrosa, na cidade de Camamu, na terça-feira (5)
fonte: Radioagência NP, Vivian Fernandes.

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