As ações da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina já começaram pelo país. As atividades marcam a semana do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O tema deste ano é “Mulheres contra o capital e pela soberania dos povos”, como explica a integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Rosana Fernandes.
“Nós queremos enfatizar, principalmente, a nossa discussão de um projeto de agricultura camponesa, baseado na produção de alimentos saudáveis, contra o uso de agrotóxicos, tendo como matriz a agroecologia. Isso contrapõe o modelo do agronegócio.”
Rosana aponta que outro tema da Jornada é a violência contra as mulheres, seja ela física, psicológica ou do sistema capitalista, com foco nas camponesas.
“Nós queremos dizer que somos contra essa violência e queremos mudar essa forma como as mulheres vêm sendo tratadas e vistas na nossa sociedade brasileira.”
Um acampamento em Brasília (DF) iniciou nesta terça-feira (5) e pretende reunir 2 mil mulheres. Ele fica ao lado do prédio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A pauta é pressionar o governo para que realize a reforma agrária e assente as 90 mil famílias acampadas do MST pelo país.
Em Belém (PA), começou na mesma data o 2º Encontro das Mulheres do Campo e da Cidade, que reúne cerca de 300 militantes até o dia 8 de março, quando haverá um ato público.
E na Bahia, foram feitas quatro ocupações por mais de 2 mil mulheres da Via Campesina. Uma é a área da Veracel Celulose, no município de Itabela; outras duas da Suzano celulose, em Teixeira de Freitas – estas na segunda-feira (4) –; e a Fazenda Cultrosa, na cidade de Camamu, na terça-feira (5)
fonte: Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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