quarta-feira, 13 de maio de 2015

REGIÃO: Videirenses correm aos postos após morte de paciente com Gripe A

Foto:Médicos Eloyve Vanz e Rodrigo Fidelis (Foto: Pedro Schaitel)

O setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Videira recebeu nesta terça-feira (12) a confirmação de mais um caso de Gripe H1N1 no município. Dessa vez, a vítima é uma mulher que já está sob cuidados médicos. Até o momento já são três casos confirmados em Videira, incluindo uma morte em decorrência de complicações do vírus. Segundo a secretária de Saúde – Maria Eneida Furlin Dresch por causa desses registros, a população desencadeou uma corrida aos laboratórios em busca não apenas de vacinas, mas também de exames e isso tem causado certa confusão na compreensão dos resultados, por parte dos pacientes.

Eneida alerta que apenas o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), de Florianópolis, está fazendo os exames de H1N1. “Estamos seguindo a recomendação e preconizando a coleta de material para exames de H1N1 apenas de pessoas que já estão internadas, pois nesse período, a gripe sazonal, que é aquela que normalmente ocorre com a queda das temperaturas também está muito presente”, explica. Eneida pontua que o vírus da Influenza causa vários tipos de gripe, portanto se for realizado um exame vai dar positivo, contudo, isso não quer dizer que seja necessariamente o H1N1.

A secretária destaca que apesar dos sintomas da gripe comum e da Gripe A serem bastante parecidos, é necessário prestar atenção em alguns detalhes. Por exemplo, juntamente com os sintomas de um resfriado, a Gripe A causa febre alta, falta de ar e não responde a medicamentos antigripais comuns. Com esses sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura.

Os médicos Eloyve Vanz e Rodrigo Fidelis que atuam no Pronto Atendimento Médico 24 Horas da Secretaria de Saúde esclarecem que a gripe H1N1 é uma doença benigna e que os casos de morte são exceções. “A população está com um pouco de medo, mas não há motivos para isso. É importante destacar que os casos de morte em decorrência do vírus H1N1 são poucos, normalmente a pessoa é medicada e melhora, Mas, logicamente, cada organismo responde de um jeito à doença”, diz Vanz.

Já Fidelis enfatiza que as pessoas que estão dentro do grupo de risco e são portadoras de doenças crônicas, têm mais chances de uma piora no quadro clínico caso sejam infectadas pelo H1N1, por isso é importante tomar a vacina. “Mesmo tendo confirmado o diagnóstico de H1N1, não necessariamente o caso vai evoluir para óbito. Na grande maioria das vezes as complicações aparecem no grupo de risco, pois a pessoa já tem uma doença de base e o vírus H1N1 pode ocasionar complicações em problemas já existentes. Mas, se a Gripe A for uma doença primária, dificilmente ela irá causar mortes”.

Ainda de acordo com os médicos a expectativa é que este ano o número de casos de H1N1 seja menor, pois, desde 2009, quando houve uma pandemia da Gripe A, o organismo humano está em contato e criando resistência ao vírus H1N1.

Medidas Preventivas

As baixas temperaturas e o tempo úmido são propícios para a proliferação dos vírus gripais. Por isso, para evitar o contágio, é importante seguir as medidas preventivas tradicionais, como a higienização das mãos e superfícies com álcool gel, utilização de lenços descartáveis para a tosse e espirros, preferir locais arejados e isolamento de qualquer caso de gripe.

Vacinação para grupos prioritários está disponível até o dia 22

Crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, constituem o grupo de risco, de acordo com o Ministério da Saúde, e tem direito a vacina gratuita. Em Videira, a previsão é vacinar cerca de 9.200 pessoas. Para atender esse público, a Secretaria de Saúde elaborou um calendário para atender todos os bairros e comunidades.

Fonte: Silvia Palma/Assessoria
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