quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Governador afirma que Estado está preparado e pronto para dar resposta aos ataques

Foto de Neiva Daltroso
Em coletiva no final da tarde desta quarta-feira, 14, o governador Raimundo Colombo destacou as ações do Estado para controlar a onda de violência dos últimos dias. “Nosso gabinete de crise está funcionando permanentemente. Colocamos mais policiais na rua. Temos três delegados, dois escrivães e seis agentes da DEIC trabalhando na investigação”, enumerou. “Estamos atuando para manter a segurança da população e agir com o rigor da lei contra os criminosos”, afirmou Colombo.

Até agora foram 23 detidos por causa dos ataques. A cúpula da Segurança Pública de Santa Catarina também participou da coletiva e esclareceu alguns pontos da investigação. “Existe algum tipo de condução feito por grupos de dentro e de fora dos presídios. Mas existe também os oportunistas, que se aproveitam da situação para praticar atos de vandalismo”, explicou o comandante-geral da Polícia Militar, Nazareno Marcineiro.
“Os depoimentos dos 23 detidos estão ratificando esses dois eixos de investigação”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila. Desde segunda-feira, 12, foram realizados 26 ataques. O secretário da Segurança Pública, César Grubba, também participou da coletiva.
Os dirigentes também acreditam em uma correlação com as ações da polícia contra o tráfico de drogas e as medidas tomadas nos presídios, como a redução de regalias e o aumento de ações de ressocialização. “Há uma correlação perceptível entre o acirramento do combate ao tráfico de drogas e as reações”, disse Marcineiro.
Também foram apresentados números do resultado do trabalho nos presídios. Queda de 65% nas fugas do sistema prisional. Em 2011, foram 528 fugas. Já neste ano, o número foi reduzido para 185. Para melhorar os índices de ressocialização, foram assinados 300 convênios de trabalho para que as empresas possam produzir dentro das instituições, criando 4.500 vagas de empregos que ajudam os presos a recuperarem sua condição econômica. “Não podemos partir de rótulos, dogmas ou mensagens de violência para anunciar medidas. Nosso trabalho é permanente e o que fazemos é apresentar os resultados”, disse o diretor do DEAP.

Penitenciária de São Pedro de Alcântara
Na coletiva também foi confirmado o afastamento do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, a pedido do próprio diretor, Carlos Alves, solicitado em reunião nesta quarta-feira. “Se o Carlos não solicitasse o afastamento hoje, nós não teríamos tomado essa decisão”, disse Leandro Soares, diretor do DEAP. Ele pediu 30 dias de afastamento para organizar sua vida pessoal após o assassinato da sua esposa, a agente penitenciária Deise Alves.

Fonte: www.sc.gov.br

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