Em um período de 30 anos (1980-2010), quase 91 mil mulheres foram assassinadas no país. O levantamento é do Mapa da Violência 2012. Fruto dessa realidade, não só brasileira, mas mundial, o dia 25 de novembro é marcado como o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.
Outro dado alarmante é o de mulheres internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) vítimas de agressões, foram 5,5 mil somente em 2011, em todo o Brasil. No total, os gastos públicos com internações de mulheres agredidas foram de R$ 5,3 milhões.
Outras 37,8 mil mulheres, entre 20 e 59 anos, precisaram de atendimento no SUS por terem sofrido algum tipo de violência. Os números foram fornecidos pelo Ministério da Saúde a pedido da Agência Brasil.
Para atuar no combate a esse cenário, em 2006, foi sancionada a lei 11.340, a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher. Ela também prevê que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada.
Apesar de um avanço, a lei no papel não basta, é necessário colocar em funcionamento toda uma rede de proteção social e auxílio às mulheres. Essa é a opinião da integrante da União de Mulheres de São Paulo, Maria Amélia Teles.
“Teria que haver uma capacitação permanente dos profissionais para que as mulheres tivessem um atendimento adequado. Um atendimento integral, com toda uma equipe multidisciplinar, desde uma assistente social, uma psicóloga. Defensoria pública dando prioridade aos casos de violência contra as mulheres. Delegacia de polícia atendendo. E que o juizado e o Ministério Público também sejam mais habilitados para dar um atendimento integral e adequado às mulheres em situação de violência.”
fonte: Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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