quinta-feira, 23 de maio de 2013

Assistência técnica é um dos principais desafios da agroecologia, afirma Gervásio Paulus



 O diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, fez a palestra de abertura do VI Seminário Estadual de Agroecologia, no Parque da EFACIP, em Pinhalzinho, na manhã desta quinta-feira (23). Técnico florestal, agrônomo e mestre em Agroecossistemas, Paulus foi taxativo na análise sobre o futuro da agroecologia: é necessário olhar para o meio rural como um meio de vida, e não apenas como um espaço produtivo.
                “A assistência técnica é um dos principais desafios da agroecologia porque ela precisa trabalhar uma transição. Foram décadas de exclusão, a partir de um modelo produtivo que não dialoga com a realidade dos agricultores”, afirmou Paulos, que trabalhou na Cotrijuí e no Centro de Tecnologias Alternativas Populares antes de ingressar na Emater/RS-Ascar, em 1990. Foi assistente técnico estadual nas áreas de Agricultura de Base Ecológica, Floricultura e Plantas Bioativas, coordenador do programa Rio Grande Ecológico e do curso de Floricultura pela Internet e instrutor do Cetanp. Em 2008 foi eleito presidente da Associação dos Servidores da Ascar Emater/RS - Asae, e reeleito em 2010.
                Para Paulus, a agroecologia pressupõe um conjunto de fatores para, primeiro, avançar nas formas de produção com o objetivo de reduzir o uso de insumos nocivos, especialmente agrotóxicos, e melhorar as condições de manejo do solo. “Por outro lado também envolve aspectos sociais e metodológicos para agregar valor, mantendo a família no campo. Outro componente importante é ver o meio rural como um espaço de modo de vida, como seres humanos, e não apenas um espaço produtivo para negócios”, complementou.
                Um dos aspectos considerado por Paulus como mais importantes na agroecologia é que ela pode, com assistência técnica dirigida, incluir socialmente e economicamente famílias  que estão fora do espaço produtivo por conta de um modelo agrícola convencional e excludente. “A execução das políticas públicas federais, estaduais e municipais deve servir para ampliar a autonomia dessas pessoas, para que elas possam ampliar renda, preservando o meio ambiente em suas propriedades”, concluiu.
Onde concentrar esforços, segundo Gervásio Paulus
                “Desenvolver uma estratégia de desenvolvimento rural para além dos aspectos produtivos, buscando ampliar a qualidade de vida, com opções de cultura, educação, lazer, inclusão digital, entre outras, que estimulem a permanência dos jovens no meio rural.” 
fonte:Organizadores do evento

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